O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, começou a negociar a desapropriação das áreas para a ampliação da estação ecológica do Taim, no Sul do Rio Grande do Sul. O processo pode levar até cinco anos.
Ao todo, 8 mil hectares deverão ser desapropriados e desses 7 mil são banhado. Por isso, os analistas do instituto acreditam que não enfrentarão problemas para a compra das áreas, já que esse tipo de solo não é adequado para pecuária e agricultura.
"Pelo que a gente tem conversado a maioria deles tem interesse em vender mesmo. Então, grande parte, por ser banhado, é mais adequado para conservação da biodiversidade do que para produção", explica o analista ambiental do Icmbio, Caio Eichenberger.
É o caso de uma empresa, que participa do processo de ampliação. Dos seus 12.400 hectares, 2.280 vão pertencer à reserva.
"Ninguém se sentiu prejudicado. Os que se acharam a gente dava a abertura para poder expor suas razões efetivas e os pequenos proprietários, dentro dos critérios que foram estabelecidos para ampliação da reserva, da estação, foram contemplados", avalia o gerente da empresa Trevo Florestal, Eduardo Valle.